10 de julho de 2012

Favela Fábrica - O Brasil Precarizado

O documentário "Favela Fábrica" mostra como as empresas estão terceirizando a produção num comunidade em São Paulo, onde os trabalhadores trabalham em casa, sem normas de segurança do trabalho (como ergonomia), tem carga horaria alta, não pagam os direitos trabalhistas e ainda tem trabalho infantil!


















Para quem não acredita que no Brasil, ou melhor em São Paulo (Chuíça do Brasil) tenha essa modalidade de trabalho precarizado basta  ir nos bairros do Bom retiro, Parque Dom Pedro, lago da Concórdia, onde não só Brasileiros como também estrangeiros são sendo explorados e precarizados quase como escravos...


Por que existe a precarização do trabalho ?
A precarização do trabalho e uma forma da burguesia obter maiores lucros em cima dos trabalhadores, pois no capitalismo sempre irá existir á luta entre o salário contra o Lucro, assim sendo podemos concluir no Brasil que a luta de classes está pendendo para o lado da Burguesia, pois está pipocando trabalho escravo, trabalho precarizado, baixos salários, endividamento, trabalho infantil, pessoas trabalhando em casa em ritmo fabril... Podemos realizar uma reflexão utilizando fragmentos do texto do Lênin, Estado e a Revolução de 1917, que nos da um embasamento para analisar o nosso contexto atual da luta de classes.





Eis, expressa com toda a clareza, a ideia fundamental do marxismo no que concerne ao papel histórico e à significação do Estado. O Estado é o produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes. O Estado aparece onde e na medida em que os antagonismos de classes não podem objetivamente ser conciliados. E, reciprocamente, a existência do Estado prova que as contradições de classes são inconciliáveis das classes. O Estado aparece onde e na medida em que os antagonismos de classes não podem objetivamente ser conciliados. E, reciprocamente, a existência do Estado prova que as contradições de classe são inconciliáveis.


Compreenderam-se nesse trecho e aplicamos hoje, podemos identificar que o Estado neoliberal é mínimo, como resultado, temos á violência, miséria, essas situações de trabalho acima referido, alto custo de vida, educação publica em péssima qualidade, saúde publica lastimável... 
Assim sendo podemos saber que o estado Brasileiro está regido por essa citação, onde os choques de classes esta apaziguado (não conciliado, pois são classes distintas e inconciliável, pois os seus fins são Escravidão ou liberdade), esse estado junto com as mídias de comunicação burguesas, conseguiram fincar a ordem da classe exploradora na mente dos trabalhadores, onde é mais importante trabalhar para conseguir comprar mais, quem cedo madruga Deus ajuda, quero ser rico, tenho liberdade para comprar, tenho liberdade para trabalhar em qualquer lugar, sem a mídia não existe liberdade, quem reclama é chato e negativo, ler é para os nerds, é melhor trabalhar em qualquer luar do ficar desempregado...

Podemos nos perguntar como isso aconteceu? 

Temos que voltar na década de 1960, quando o estado era administrado por Jango, onde a classe trabalhadora estava conseguindo grandes avanços, e assim causando muitos atritos com a burguesia.

(Lênin) Não só o Estado antigo e o Estado feudal eram órgãos de exploração dos escravos e dos servos, como também: O Estado representativo moderno é um instrumento de exploração do trabalho assalariado pelo capital. Há, no entanto, períodos excepcionais em que as classes em luta atingem tal equilíbrio de forças, que o poder público adquire momentaneamente certa independência em relação às mesmas e se torna uma espécie de árbitro entre elas.

Em 1964, pelo atritos de classe causado pelo governo Jango e com os movimentos sociais, ela (burguesia) lidera um golpe de estado traidor, onde a classe trabalhadora consciente é sistematicamente eliminada e amedrontada por um estado militar muito forte, que se endividava.   
Com o passar dos anos e com fim da URSS, a classe trabalhadora fica apaziguada, e com isso é iliminado o estado militar.

(Lênin) A onipotência da "riqueza" é tanto melhor assegurada numa república democrática quanto não está sujeita a uma crosta acanhada do capitalismo. A república democrática é a melhor crosta possível do capitalismo. Eis por que o capital, depois de se ter apoderado dessa crosta ideal.

 O estado "democrático" entra de corpo e alma no neoliberalismo em 1990, sendo dada a burguesia quase todas as suas empresas por preço de banana (vide Privataria Tucana), transforma as relações sociais, institui o consumismo e a criminização dos movimentos sociais, (como por exemplo, o MST), finca a ideia da despolitização, onde quem fala de política é chato e que a política é corrupta e indiscutível. Porém a grande vitoria deles foi à subida do PT ao governo pelo sufrágio universal, onde um operário virou presidente, porém esse governo continua com a maioria das políticas burguesas (creio que também ele não conseguiria fazer nada, pois não tem poder para conseguir mudar a realidade, onde os golpistas traidores estão soltos e poderosos) consegue fragmentar a esquerda, detona muitos sindicatos, destruí a liberdade de greve em muitas categorias combativas e ainda consegue uma fachada de povo no poder, por causa do sufrágio universal, com isso consegue apaziguar muito as grandes massas de trabalhadores despolitizados, fazendo-os crer que tem o poder pelo voto, e assim a corrupção se faz muito presente e totalmente impuni. 


"Na República democrática" - continua Engels - "a riqueza utiliza-se do seu poder indiretamente, mas com maior segurança", primeiro pela "corrupção pura e simples dos funcionários" (América), depois pela "aliança entre o Governo e a Bolsa" (França e América).


(Lênin) É preciso notar ainda, que Engels definiu o sufrágio universal de uma forma categórica: um instrumento de dominação da burguesia. O sufrágio universal, diz ele, considerando, manifestamente, a longa experiência da social-democracia alemã, é o indício da maturidade da classe operária. Nunca mais pode dar e nunca dará nada no Estado atual.

Os democratas pequeno-burgueses, do gênero dos nossos socialistas-revolucionários e mencheviques, e os seus irmãos, os social-patriotas e oportunistas da Europa ocidental, esperam, precisamente, "mais alguma coisa" do sufrágio universal. Partilham e fazem o povo partilhar da falsa concepção de que o sufrágio universal, "no Estado atual", é capaz de manifestar verdadeiramente e impor a vontade da maioria dos trabalhadores.

Não podemos senão notar aqui essa falsa concepção e salientar que a declaração clara, precisa e concreta de Engels é desvirtuada a cada passo na propaganda e na agitação dos partidos socialistas "oficiais", isto é, oportunistas. Demonstraremos mais amplamente toda a falsidade da idéia que Engels aqui repudia, desenvolvendo mais adiante as teorias de Marx e Engels sobre o Estado "atual".




Nenhum comentário:

Postar um comentário